O que não foi bom, foi só uma lição...

Ontem iniciei uma formação, em que no primeiro dia, como sempre e não podia faltar, foi focado na apresentação de todos os membros da turma... Nessa apresentação puseram-nos à frente um folha com algumas questões, das quais iríamos falar quando nos apresentássemos oralmente, e houve uma que me marcou em particular. 

Do que se arrepende? 

(Imagem retirada de: teenagedreamv.blogspot.com)

Bem, eu fiquei a olhar para aquela pergunta e pensei... será que tenho mesmo de responder?! E se eu realmente me arrepender de algo, vou dizê-lo aqui, à frente desta gente toda que não conheço de lado nenhum?! E se eu não tiver nada para responder?! Se eu nunca me tiver arrependido de nada?!?! 

Olhei para os lados e todos tinham respondido à essa questão... Bem, não quis saber, e o que pensei logo foi: Bem, querem-me conhecer não é verdade? Não é fácil falarmos de nós próprios, mas para quê inventar respostas? Vou dizer o que realmente penso quando chegar a minha vez, em vez de me pôr para aqui a escrever coisas à toa! - Estava decidido.

Para ajudar, o monitor, pegou num molho de papéis dobrados, onde estava em cada um, um número. Por essa ordem iríamos apresentar-nos, para não haver aquela situação de quem é que fala primeiro, e ninguém quer fazê-lo. A quem lhe calhou o número 1? Sim, a mim mesmo! Bem, enfrentei logo os leões de uma vez!

E nem sabia o que ia dizer, o que queriam ao certo que eu falasse... Mas como sempre, e ainda bem que é assim, comecei a falar, e depois saiu tudo seguido sem gaguejar, um assunto puxava o outro!

Nessa questão, apenas fiquei a olhar para o monitor e disse-lhe que não sabia o que responder, porque para mim o arrependimento não faz parte da minha vida - não, também não me arrependo do que não faço!

Ou faço e foi bom, ou faço e não foi uma boa experiência, ou então se simplesmente tive medo de arriscar e depois vejo que não foi a melhor opção, apenas encaro como uma lição de vida. Para a próxima... já sei!

No fim de dizer isto, de ter falado tudo e mais alguma coisa, de ter percebido que tinha conseguido quebrar o gelo daquela sala, viram-se algumas cabeças a acenar positivamente ao que tinha acabado de dizer, inclusive o monitor... Parece que afinal não sou a única a pensar desta forma.

No meu rosto brotou logo um sorriso de satisfação... tinha terminado mais uma sessão de tortura...

-> NEXT! ; )